quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Vem Capeta

O sujeito diante da máquina chamava o capeta. Berrava e uivava clamando pela presença do “Coisa Ruim”. Não há um ditado que diz ”cuidado com o que desejares, pois o seu pedido pode ser atendido”?
Pois antes que tenhamos tempo para refletir sobre essa frase, voltemos ao sujeito, pois que ele diante da máquina, estupefato, dando tapas na cara para tentar em vão sair daquele estado entorpecido que em nos coloca o álcool, não podia conter-se de perplexidade ao se deparar com o “Dito Cujo”, em carne, osso e odor de enxofre bem na sua frente. O demônio lhe acenava com R$ 1.500,00 na mão, em notas um pouco queimadas, talvez pelo calor excessivo do inferno, mas absolutamente verdadeiras. A resposta foi “Sim!”, o dinheiro foi entregue imediatamente e o Satã satisfeito sumiu na fumaça para dentro da máquina acompanhado de uma presença incerta, meio nebulosa, impalpável.
O homem guardou o dinheiro e foi-se embora.
Antes de terminar o caso, é importante que lhes revele qual foi a pergunta do capeta àquele homem:
- Me vende o seu limite?
Tudo está à venda no Largo de todos os largos.


Ale

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