segunda-feira, 28 de novembro de 2011

PIU! - Perus Independentes Unidos



A Companhia de Domínio Público apresenta ao público infanto-juvenil o espetáculo musical PIU! (Perus Independetes Unidos), uma adaptação do texto A Revolta dos Perus, de Carlos Queiroz Telles, propondo uma reflexão sobre o mundo de forma divertida, inteligente e satírica.
Preocupados com a chegada do Natal, a família de perus Perulino, Perualda e Perueta, resolve protestar contra a tradição de serem servidos na ceia natalina. Após uma jornada de aventuras e peripécias, os perus conseguem uma audiência direta com o Todo Poderoso, em busca dos Por quês. 



terça-feira, 22 de setembro de 2009

MANIFESTO ARTE PELA BARBÁRIE

Ave, Senhores! Nós, que admiramos a vida, vos saudamos.

Nós, artistas, trabalhadores descartados como a maior parte da população; nós, que nos reunimos em grupos para, coletivamente, criar outra forma de produzir e existir diferente dos cárceres privados das empresas; nós, que pensamos e vivemos diferente dos Senhores, vejam só, vos saudamos.

Ave, Senhores! Nós, que teimamos em sonhar, vos saudamos.

Os senhores certamente nos conhecem: nos últimos vinte anos dada a capilaridade do nosso fazer artesanal e cotidiano, embrenhamos o nosso teatro na vida e na geografia de todo o país. Foi assim que algumas conquistas nossas impediram o saqueio cultural definitivo. A disputa por uma arte e uma cultura de relevância pública como parte das prioridades de estado, fomentaram a partir de leis e propostas democráticas, a construção de uma consciência crítica, a ponto da questão cultural fazer parte das discussões mais candentes do dia-a-dia.
É por isso que nós, que fazemos no palco, a radiografia estética de sua civilização, de sua violência, guerra e morte, do seu desmanche de seres humanos, de seu mercado falido, de sua apropriação privada do mundo e de homens; nós, que ousamos sonhar hoje para recriar a humanidade de amanhã, vos saudamos. Por que lutamos para parar a lógica da desordem que é a concorrência e a guerra entre tudo e todos em nome do lucro, da propriedade privada, da acumulação de riquezas nas mãos de poucos.

Nós, que existimos, produzimos, criamos sonhos, idéias, seres humanos. Mas não fabricamos, não podemos e nem queremos fabricar lucros. Não somos, não queremos ser e não acreditamos em vossos valores e parâmetros de eficiência e auto-sustentabilidade. Existimos. Somos o outro de vós, a outra voz, outro corpo, outro sonho. E nos afirmamos enquanto forma de produção e enquanto criação estética de pensamento e seres humanos.

É desse lugar que, mais uma vez, cobramos as promessas por uma sociedade mais justa, onde todos teriam direitos iguais. Mas como isso será possível se 13% do orçamento da cidade de São Paulo e mais de 30% do orçamento do Brasil vão direto para os cofres dos banqueiros, sem nenhuma discussão da sociedade? Como encarar a cultura como direito de todos, se a Prefeitura da maior cidade do país e o governo da União destinam menos de 1% de seus orçamentos para a cultura? Como justificar uma divisão de recursos públicos que destina 200 milhões ao Fundo Nacional de Cultura e 1,4 bilhões ao marketing das grandes corporações através da renúncia fiscal, da famigerada Lei Rouanet? Que reserva 38 milhões para o Teatro Municipal de São Paulo, 10 milhões para TODOS os demais núcleos teatrais da cidade e praticamente nada para os demais? É pouco para o Teatro Municipal, é pouco para os grupos e é pouco para a arte e a cultura da maior cidade do país.

Esses números traduzem a ausência de políticas públicas de Estado, a ausência da própria política: os governos e os espetáculos informativos da mídia privada apenas operam como gerentes e administradores dos negócios do mercado.

Ave, Senhores! Ironicamente, apenas cobramos a realização da sua República e das suas leis. Exigimos investimentos na cultura, entendida como direito extensivo a todos, direito que o mercado não consegue, não pode e não quer concretizar. É simples assim: que o Legislativo legisle e o Executivo execute uma política pública de Estado, e não de governo, nas três esferas – municipal, estadual, federal, através de:

1) programas públicos – e não um programa único de ‘incentivo’ ao mercado – estabelecidos em leis, com regras e orçamentos próprios a serem cumpridos por todos os governos; programas com caráter estrutural e estruturante;

2) Fundos de Cultura, também através de leis, com regras e orçamentos próprios, como mecanismos para atender – para além do governo de plantão – as necessidades imediatas e conjunturais, através de editais públicos.

É hora de aumentar o orçamento do Programa de Fomento em São Paulo, aumentando o número de grupos dentro do programa e criando a categoria de núcleos estáveis; é hora de criar o Fundo Estadual de Arte e Cultura, engavetado no governo passado; é hora de desengavetar nossa proposta de lei que cria o Prêmio Teatro Brasileiro para todo o território nacional.

Fora isso, é o império mercantil, a exclusão, a violência, a morte.

Ave, Senhores! Nós, bárbaros, ao reafirmarmos a vida, vos saudamos.

ARTE PELA BARBÁRIE

Os coletivos e os cidadãos abaixo assinam esse manifesto:

COLETIVOS

Coletivo Teatro de Ruínas, Grupo Clariô, Folias, Teatro de Narradores, Baderna, Núcleo Bartolomeu de Depoimentos, Forte Casa Teatro, Minicia, Teatro da Travessia, Pavanelli, Trupe Pau a pique, Topa Teatro, Pessoal do Faroeste, Hanna, Cia Paulicéia, Cia. Extremos Atos, Cia. Livre, Populacho e Piquenique, Os Satyros, Cia. São Jorge de variedades, Cia do Feijão,Corta o Paulo e Continua, Teatro da Vertigem, Desejo, Redimunho de Investigação Teatral, Argonautas, Intuição, Teatro Oficina, Grupo XIX de teatro, Ivo 60, Brava Companhia, Cia Estável, Dolores Boca Aberta Mecatrônica de Artes, Engenho Teatral, Mundana Companhia, Cia. de Domínio Público, Cia. Teatral As Graças

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Ensaios

A Desmonte anda sem muitas novidades, só estamos ensaiando muito para esse segundo semestre.
Porém a Cia não para nunca, com projetos para esse segundo semestre e também para o ano que vem.
Aguardem novidades.
Mas jajá teremos mais fotos, videos, novidades sobre a Companhia e sobre a Desmonte - A Grande obra.
Assintam o relatório de obras que fizemos sobre as viagens em Piracicaba, Pirassununga, Ribeirão Preto e Santos.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Parabéns.

Ontem, dia 16 de junho, a Cia de Domínio Público completou os seus 5 anos de existência.

Fazendo parte da cia estão os atores: Tucci Fattore, Elton Vitor, João Furtado, Alessandra Velho, Maíra Castilhos e Andrea Lopes {que no momento está em licença maternidade!}.

E o aniversário não foi desculpa para não trabalhar, pelo contrário, fizemos duas apresentações no CEU Cantos do Amanhecer.

Não tinha como deixar o dia passar em branco, então aproveitamos o finzinho da noite para jantarmos juntos e brindar esse dia inesquecível!

E que venham mais aniversários e apresentações!

MERDA SEMPRE!

terça-feira, 2 de junho de 2009

Mais uma pequena parte da Desmonte para saciar a vontade.

Em breve novos vídeos.

www.youtube.com/ciadominiopublico

domingo, 31 de maio de 2009

Trabalhadores e Wilson das Ervas

Mais um pedacinho da Desmonte - A grande obra para aqueles que já viram e para os que estão curiosos para ver.

Quer ver mais videos? Então entre no site da Desmonte no youtube e assista todos:

www.youtube.com/ciadominiopublico

sábado, 30 de maio de 2009

Desmonte em Santos


A Cia de Domínio Público se apresentou ontem (29/05) no SESC Santos. A Oficina que foi ministrada pelo ator Elton Vitor, estava com 11 pessoas, dentre elas alunos de teatro, cinema, professores e pessoas não ligadas ao meio teatral. Tivemos duas apresentações, ás 19h30 e ás 21h30. Montamos o espetáculo em cima do palco fazendo com que a platéia ficasse mais próxima. E assim fechamos as viagens com chave de ouro.
Fotos: Gabriela Meinrath